O azeite é um óleo sem igual. As primeiras oliveiras foram cultivadas no Mediterrâneo Oriental, mas foi a partir da sua disseminação na Bacia do Mediterrâneo pelos Gregos e Romanos que este se proliferou por todas as civilizações em redor. A origem da oliveira data da idade do Bronze, mas só nos séculos XV e XVI é que o cultivo foi generalizado em todo o nosso país.
Na Grécia, este óleo era considerado uma dádiva da deusa Atena e simbolizava a liberdade e a pureza. O seu uso era abundante e figurava a riqueza física e espiritual de um povo, sendo que a falta deste trazia tristeza e humilhação. A sua valorização sofreu mutações ao longo dos anos, mas as suas capacidades continuam inalteradas.
O azeite transcende o seu papel alimentar, transmutando-se em remédio, combustível, ou elemento fundamental de rituais de diversas religiões.
Em Portugal, é na mesa que o azeite obtém o seu protagonismo, e as suas perspetivas de crescimento são promissoras. O azeite começa a ser progressivamente encarado de forma diferente a aplicarem-se níveis de qualidade na produção e na análise sensorial que nos equiparam aos melhores do mundo. Portugal possui atualmente seis denominações de origem protegida para Azeites: Moura, Trás-os-Montes, Beira Interior (Beira Baixa e Beira Alta), Norte Alentejano, Ribatejo e Alentejo Interior.
Com o objetivo de melhorar a performance em termos de azeite português, é importante, “promover a diversidade, a excelência, a irreverência e juntar sinergias, mas sem perder a identidade de cada um”, como afirma Francisco Pavão, especializado em Olivicultura e Azeite pelo Instituto Superior de Agronomia em Lisboa.
Atualmente, cerca de 95% da superfície mundial de olival está concentrada na Bacia Mediterrânica, sendo que os países produtores da União Europeia (Espanha, Itália, França, Grécia, Portugal) são responsáveis por 76% da população a nível mundial. Os outros principais países produtores são a Tunísia (4,6%), Marrocos (2,8%) e Argélia (1,4%) (in Revista de Vinhos, outubro 2017). Segundo valores estimados pela Casa do Azeite e Comité Oleícola Internacional (COI), estima-se que os valores de produção nacional de azeite entre 2015/2016 tenham sido 109 toneladas e 94 toneladas entre 2016 e 2017, os valores mais altos da década.
Como tal, o mercado do vidro de embalagem necessita de estar a par do crescimento, sendo que se trata de um setor em forte expansão tanto a nível nacional como internacional (in Euromonitor).
Como produto natural, todo o connaisseur do mundo do azeite deve saber que este não melhora com o tempo, sendo que necessita de uma garrafa de vidro com características que o proteja de todos os agentes que possam alterar a sua composição.
As potencialidades estão reunidas no terroir português e as características são incontáveis. Com tudo isto em “casa”, está na hora de desmistificar o azeite e aproveitar as suas qualidades e o seu exponencial crescimento, e nada melhor para o honrar do que conceber uma garrafa que sublime a sua excelência milenar.